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sexta-feira, 12 de novembro de 2010


 
Um dos principais benefícios da irrigação é o aumento ou manutenção da produtividade. Tenho experiência com irrigação há mais de 10 anos, quando comecei a trabalhar com capim irrigado com pivôs centrais em minha propriedade na região de Barra do Garças/MT. É um sucesso. Trabalho com capim irrigado em uma pequena área da fazenda, de pouco mais de 100 hectares. Nessa área, graças à irrigação, é possível produzir 16 mil toneladas de silagem de capim por ano, o que é suficiente para alimentar em confinamento aproximadamente 8 mil cabeças por um período de 100 dias. Nesta região do Mato Grosso, a irrigação de pastagens é uma estratégia importante para suprir a alimentação do gado no período da seca, que é bastante definida. Por isso, acredito que a irrigação tem aplicações bastante pontuais na pecuária, pois abre perspectivas para manejos diferentes. Porém, é preciso ressaltar que apesar de existirem vários sistemas de irrigação, a maioria deles exige um grande investimento. Portanto, é preciso que o produtor rural avalie suas condições, a cultura que está investindo, o regime pluviométrico, dentre outros fatores, antes de começar a utilizar a técnica. Acredito que o alto custo da tecnologia é um dos principais fatores para que a irrigação não seja tão utilizada ainda hoje. A realização do XX CONIRD em Uberaba/MG apenas reafirma o potencial da cidade como um pólo de difusão de tecnologia tanto na pecuária como na agricultura.
Eduardo Biagi, engenheiro agrônomo, empresário do ramo sucro-alcoleiro, pecuarista e presidente da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu)

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